No coração de Nova York, um grupo de alunos da FourC embarcou em uma jornada transformadora. Eles não eram apenas estudantes, mas verdadeiros representantes da Nigéria, prontos para debater temas globais e buscar soluções para desafios reais.
A NHSMUN, conferência da ONU para formação de líderes globais, é um evento que replica os procedimentos da Assembleia Geral e de outros órgãos das Nações Unidas.
“Eles buscam compreender problemas globais, pois atuam como se fossem chefes de Estado. São problemas relacionados à economia, meio ambiente, guerra, diversidade, questões de imigração, segurança alimentar. Engloba todos os comitês que existem de verdade na ONU”, explicou Roberta Mayumi, coordenadora pedagógica do Programa High School da FourC.
Vestidos com trajes formais e munidos de pesquisas aprofundadas, os alunos entraram nas salas de conferência determinados a fazer a diferença. Foi lá o palco onde esses jovens se tornaram diplomatas por alguns dias.
Por cerca de dois meses, os alunos criaram grupos para estudarem esses temas. Posteriormente, escreveram um artigo com suas propostas. Então, a ONU avalia o conteúdo e aprova aqueles que se destacam, que foi o que ocorreu com os estudantes da FourC.
“Essa vivência proporciona um aprendizado que vai muito além da teoria. Os alunos desenvolvem autonomia, senso crítico e empatia ao compreenderem diferentes perspectivas globais”, destacou Roberta.
Por dentro da reunião
Cada aluno assumiu o papel de delegado da Nigéria, defendendo interesses, negociando acordos e propondo resoluções. O desafio era grande: corrupção, violência e desenvolvimento social estavam entre os temas em debate.
“Pra mim, foi chocante, porque era um país que eu não tinha muito conhecimento. O país é muito desigual. A corrupção é gigantesca. Então, propus criar uma espécie de blockchain para o governo, que é uma rede descentralizada, uma tecnologia que permite registrar e rastrear transações de forma compartilhada. A ideia é dificultar a corrupção”, revelou Enrico Pugliese.
Entre discursos e reuniões informais nos corredores, os alunos aprenderam lições que vão além da sala de aula. Desenvolveram habilidades de oratória, negociação e trabalho em equipe, além de expandirem sua visão de mundo ao interagir com delegações de diferentes culturas.
“Estar em contato com pessoas de todo o mundo me fez enxergar problemas globais de uma maneira mais ampla. Saio dessa experiência com um olhar mais crítico”, pontuou Enzo Freitas.
Encontro com Biden e descoberta de um novo mundo
Ao final do evento, a sensação era de dever cumprido. O grupo da FourC não apenas participou da simulação, mas viveu uma experiência inesquecível que moldará seu futuro acadêmico e profissional.
Os alunos ainda tiveram a oportunidade de conhecer o ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden.
“Foi muito interessante a fala dele. Afirmou que não temos que liderar com poder, mas temos o poder para liderar. Ele perguntou muito para os alunos o porquê de estarem ali, o propósito deles. Também apontou que, como planeta, precisamos fazer aliados, um ajudar o outro, e não vamos proteger somente a nós”, contou Roberta.
Após o trabalho realizado, os alunos também puderam conhecer a cidade de Nova York e mergulhar na cultura local.
“Foi uma experiência bem diferente. Andamos sozinhos por lá. A Roberta tinha a nossa localização, então tínhamos mais segurança, mais liberdade. Tivemos essa autonomia e pudemos conhecer vários lugares, a cultura, o ritmo da cidade”, destacou Enzo.
Nova York os recebeu como estudantes; a Simulação da ONU os transformou em cidadãos globais.
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