Na escola FourC, acreditamos que a inovação e o cuidado com o bem-estar dos nossos alunos caminham lado a lado. Iniciamos o ano letivo de 2025 com algumas mudanças em relação ao uso de celulares em cumprimento à Lei nº 15.100/2025. Baseado nisso, a idealizadora e mantenedora da escola, Sara Hughes, e a diretora de ensino, Juliana Storniolo, ministraram uma palestra direcionada aos pais FourC sobre o uso da tecnologia na educação, com um foco especial na proibição do uso de celulares durante as aulas. Os pais e responsáveis também foram ouvidos, manifestando suas preocupações e visões sobre o tema.

Sara contou o quanto o pensamento crítico trabalhado com os alunos se torna essencial no mundo em constante mudanças. Também abordou a crescente dependência dos celulares e os prejuízos que esse hábito pode trazer, afetando a saúde mental, o foco, a visão de carreira e a capacidade crítica dos estudantes.

“Precisamos ir contra a onda de superficialidade e seus efeitos nocivos. Ensinamos o que usar, quando usar, como usar e a ética desse usar”, enfatizou Sara.

 

Brain Rot

Durante a palestra, Sara apresentou a expressão “brain rot”. Esse termo, relativamente novo, vem ganhando popularidade em razão da ascensão das redes sociais. O tema é citado no livro “The Shallows: What the Internet Is Doing to Our Brain”, de Nicholas Carr (2011).

Segundo Sara, o livro explora como a internet e a sobrecarga de informações estão afetando a nossa capacidade de concentrar e aprofundar o aprendizado. No livro, o autor argumenta que, devido à constante distração e ao consumo rápido de informação, estamos perdendo a habilidade de pensar criticamente e de nos aprofundar em temas complexos. Esse fenômeno se relaciona ao “brain rot”, pois a falta de concentração e o superficialismo nas interações e aprendizagens podem levar a um esgotamento mental.

O “brain rot” simboliza a necessidade de equilíbrio e atenção ao modo como consumimos informação, especialmente em tempos em que o acesso a dispositivos móveis é onipresente.

A nova Lei busca levar esse equilíbrio às escolas por meio do incentivo às interações “reais” entre os alunos, estimulando a colaboração e a construção de um ambiente escolar de maior diálogo entre eles. Com isso, potencializamos o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas, essenciais para o futuro.

 

Tecnologia: amiga, não inimiga!

O uso sem criticidade desses dispositivos dificulta o desenvolvimento de uma atenção mais profunda e reflexiva. Essa “dependência”, segundo Juliana, pode afetar não só o desempenho acadêmico, mas também a construção de um pensamento crítico essencial para a formação pessoal e profissional dos alunos que repercute ao longo da vida. 

Sara e Juliana também enfatizaram que a restrição ao uso dos celulares não é uma rejeição à tecnologia. Pelo contrário, a iniciativa busca criar um ambiente propício à concentração e ao aprendizado, permitindo que os alunos desenvolvam habilidades cognitivas. Ela ressaltou a importância de equilibrar o uso dos recursos tecnológicos para pesquisa, focando no Letramento Digital, com momentos dedicados à reflexão e ao aprofundamento dos conteúdos estudados.

Apesar dos desafios, tanto Sara quanto Juliana deixaram claro que a tecnologia tem um papel fundamental na educação. A proibição do uso de celulares em sala de aula não significa o afastamento dos avanços tecnológicos, mas sim a busca por um uso consciente, ético e estratégico. A escola investe em tecnologia e suas aplicações, preparando os alunos para um mundo cada vez mais digital e globalizado, porém com ética e pensamento crítico.

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